Pintura de Romeo Zanchett
SONETOS DA AUSÊNCIA
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Não te desejo mais pela amargura,
Nem pelas alegrias inconstantes;
Quero beijar nas tuas mãos distantes
O amor que me alivia a transfigura.
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Quero, sonhando a adolescência pura
no teu corpo febril, das mãos amantes,
colher nos ventos tudo quanto dantes
ambicionara em sedes de loucura.
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Quero o teu riso, o teu silêncio, a graça
do teu vestido ao vento, o andar sereno
de ave marinha pelas madrugadas.
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Quero colher em ti o que não passa
e pulsa em mim como o teu leve aceno
na distância impossível das estradas.
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Soneto - 2
O doce amor. As doces mãos da amada.
Seu corpo branco como a luz macia
e a matinal pureza. E a graça e a fria
carícia irmã da leve madrugada.
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A rua humilde. A paz desta pousada.
A trepadeira, o alpendre... E, todo dia,
os risos das crianças, a alegria
descendo, clara, sobre a minha estrada.
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Depois, a noite os sonhos dominando,
Vozes veladas... Confissões e medo...
Gestos de quem parou na despedida
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e há de ficar, por seu pesar, chorando.
vivendo o adeus que é como o seu segredo,
o adeus que encerra em si a própria vida.
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lindo magnifico- o amor e o sentimento a meu ver mais lindo de toda a eternidade. amor da minha vida
ResponderExcluirtenho muito amor
ResponderExcluirpessoa habilidosa - harmoniosa - de uma perfeiçao incrivel e pq nao dizer de um gosto refinadissimo - agradeço por te conhecer
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